O presidente Yoon Suk-yeol justificou a adoção da lei marcial como forma de identificar e conter 'elementos pró-Coreia do Norte' e combater o comunismo. A medida gerou protestos entre membros do governo e foi revogada pelo Parlamento sul-coreano poucas horas depois.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, decretou nesta terça-feira (3) a lei marcial, alegando ser uma medida necessária para 'eliminar espiões pró-Coreia do Norte' do território. A decisão gerou protestos da oposição e de autoridades, com membros do próprio governo se posicionando contra a medida. Horas depois, o Parlamento sul-coreano revogou o decreto.
Com a decretação da lei marcial, entram em vigor as seguintes medidas, conforme informou a agência estatal sul-coreana Yonhap:
Proibição de atividades políticas: Inclui a suspensão das ações da Assembleia Nacional, conselhos locais, partidos políticos, associações políticas, manifestações e protestos.
Censura contra ameaças ao sistema democrático: Estão vetados atos que neguem ou tentem derrubar o sistema democrático liberal, além de disseminação de notícias falsas, manipulação da opinião pública e propaganda enganosa.
Controle da mídia: Todos os meios de comunicação e publicações ficam sob supervisão do Comando da Lei Marcial.
Restrições a greves e protestos: Greves, paralisações e manifestações que causem desordem social estão proibidas.
Obrigação de retorno ao trabalho no setor médico: Profissionais da área médica, incluindo médicos em treinamento, em greve ou afastados, devem retornar ao trabalho em até 48 horas, sob pena de punição prevista na Lei Marcial.
Minimização de impactos para cidadãos comuns: Medidas visam reduzir transtornos para cidadãos inocentes, excluindo forças anti-Estado e elementos subversivos.
O presidente sul-coreano anunciou de forma inesperada a lei marcial em um pronunciamento televisivo na noite desta terça-feira. Yoon Suk-yeol justificou a medida citando ameaças da Coreia do Norte, mas não detalhou quais seriam essas ameaças.
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